quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Para estudioso, EAD pode ajudar a preencher as lacunas do ensino

Para estudioso, EAD pode ajudar a preencher as lacunas do ensino  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013 9:37:00

Enquanto em países como Chile, Argentina, Estados Unidos e Reino Unido mais de 30% dos jovens frequentam a universidade, esse número cai para aproximadamente 15% no Brasil. “Como vamos competir com esses concorrentes no cenário global?”, pergunta-se o professor Fredric Litto. E ele mesmo responde: “educação a distância é a única forma de correr atrás do prejuízo”.
Litto é presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). Ele questiona os diversos mitos que cercam a educação a distância (EAD) no Brasil e entravam o desenvolvimento dessa modalidade. Assim, traz à tona assuntos que envolvem não apenas a discussão sobre a qualidade da EAD, mas também ideias do senso comum que aumentam a resistência à modalidade.
Uma delas baseia-se na noção de que o ensino a distância é uma novidade. O professor lembra que a Universidade de Londres trabalha com essa abordagem desde 1858, com cursos por correspondência, e que foi a partir de cursos como esse que Mahatma Gandhi e Nelson Mandela concluíram seus estudos superiores. Litto ressalta também que a EAD não é composta apenas de conhecimentos estruturados em forma de curso, mas incluem ainda os acervos digitais, a realidade virtual, entre outros formatos que envolvem a mediação virtual, sem caracterizar-se como um curso.
Pesquisa na área precisa amadurecer
O avanço necessário em relação ao ensino a distância envolve, além da superação dos mitos, o desenvolvimento de pesquisas na área que explorem as possibilidades da modalidade. “Continuamos, infelizmente, presos a questões políticas, normas, legislação. Precisamos de muito mais alternativas pedagógicas, alternativas tecnológicas”, afirma Litto.
Hoje, a pesquisa saiu da concentração das universidades públicas e privadas e está sendo transferida para as empresas que produzem educação corporativa, que estão muito à frente das universidades. Praticamente o único núcleo universitário preservado foi o da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde o professor Mauro Pequeno, Diretor Geral do Instituto Universidade Virtual – UFC Virtual conseguiu institucionalizar um departamento completo de EaD na universidade, e assim fugiu das amarras do MEC no período de 2007 a 2011.
A UFC deu início a pesquisas na modalidade em 1997, com o Grupo de Pesquisa em Educação a Distância, Projeto EDUCADI, coordenado por Mauro Pequeno. Financiado pelo CNPq, o projeto tinha o objetivo de aplicar tecnologias da informação e da comunicação em Educação a Distância em auxílio da construção de projetos escolares com intuito de minimizar os problemas de aprendizagem dos alunos do Ensino Básico em regiões urbanas marginalizadas. O pioneirismo e a qualidade desses estudos tornou a UFC Virtual referência no país em produção de conteúdo digital para EaD.
 
Professor Fredric Litto fala sobre como deve ser o perfil de um aluno que se propõe a fazer um curso a distância de graduação e quais são os critérios de escolha de um bom curso. (Revista Escola)

Fonte: Portal USP
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